sábado, 30 de janeiro de 2010

Assepsia - E6N

O grande número de pacientes que contraem infecções durante sua permanência no hospital é extremamente preocupante para os profissionais de saúde. A enfermagem, em especial, tem condições de reduzi-las por meio da utilização de medidas preventivas como a assepsia. Segundo o Ministério da Saúde, “assepsia é processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de determinado local ou objetivo”. Portanto, para diminuir os riscos de uma infecção é fundamental a aplicação das técnicas da assepsia médica e cirúrgica por todos os que atuam no ambiente hospitalar.

Assepsia cirúrgica
Consiste no procedimento e no manuseio do material, de modo a evitar o contato do paciente com qualquer organismo vivo. Na assepsia cirúrgica, o material deverá ser esterilizado, ou seja, deverá haver a destruição de todas as formas de microorganismos.
Como o material cirúrgico é estéril, isento de microorganismo, devemos tomar os seguintes cuidados em seu manuseio:
Lavar as mãos antes de pegá-lo
Não falar, tossir ou espirrar próximo a ele.
Examinar com cuidado se o pacote apresenta buracos, manchas ou umidade: se houver qualquer dúvida quanto à integridade do material, despreze-o.
Verificar a data da esterilização e a data de validade.
Guardar os pacotes em armários próprios, limpos e longe de poeira e insetos.
Abrir os pacotes utilizando a técnica correta.
Trabalhar sempre de frente para o campo esterilizado (não se vire de lado ou de costas).
Manter o material esterilizado sempre acima do nível da cintura ou do nível da mesa.
Não atravessar nada por cima do campo esterilizado nem fazer movimentos bruscos ao redor dele.
Nunca tocar em um material ou campo esterilizado com objetos não esterilizados.
Assepsia Médica
Consiste na utilização de técnicas que visam à redução de microorganismos patogênicos e à diminuição do risco de transmissão de pessoa a pessoa. É utilizada em qualquer atividade que envolva o paciente e o meio ambiente, por meio de procedimentos como:
Lavar as mãos freqüentemente.
Limpar as superfícies com desinfetantes, para reduzir o número de microorganismos.
Usar anti-sépticos na pele para aplicar injeções.
Esterilizar bacias e jarras para uso de diferentes pacientes.
Isolar pacientes com moléstias infecciosas.
Não sentar na cama dos pacientes.
Não colocar materiais diretamente no chão.
Limpar concorrente e terminal etc.
Métodos de esterilização:
AUTOCLAVE: esteriliza pelo vapor saturado sob pressão, destruindo todas as formas de microorganismos. É eficaz pelo alto poder de penetração, levando consigo o calor.
Validade: sete dias.
ESTUFA: esterilização pelo calor seco. A destruição bacteriana se dá pela oxidação celular.
ÓXIDO DE ETILENO: é um gás incolor a temperatura ambiente, cujo ponto de congelamento é – (menos) 111,3 graus e de ebulição é 10,7 graus. Seu odor é semelhante ao éter. Validade: 2 ou 3 anos dependendo do fabricante.

MANUSEIO DE MATERIAIS ESTÉREIS
ESTERILIZAÇÃO
É um processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as formas microbianas, inclusive os esporos bacterianos.
Principais tipos de invólucros:
Tecido de algodão cru, duplo (trama de 56 fios por cm);
Embalagem de papel grau cirúrgico;
Embalagem de papel crepado (celulose tramada);
Caixas metálicas (aço inox);
Container rígido (aço inoxidável).

Técnica para abrir um pacote grande estéril:
Lavar as mãos;
Colocar o pacote sobre a superfície limpa e seca;
Posicionar o pacote de modo que a dobra de cima do invólucro fique de frente para você. Retire a fita adesiva para autoclave termossensível.
Puxar a dobra de cima do pacote, abríndo-o de modo que a ponta se abra. Mantenha seu braço fora das bordas externas do pacote aberto.
Abrir as dobras laterais uma de cada vez.
Abrir a dobra mais próxima de você por último.
O interior do invólucro é considerado estéril, podendo ser usado com base de campo esterilizado.
Técnica para abrir um pacote pequeno estéril
Repetir a técnica anteriormente descrita, com a diferença de não colocar o pacote estéril sobre a mesa e sim abrí-lo nas mãos.
Técnica para abertura de material (pontas fixadas com adesivos):
Lavar as mãos;
Segurar o pacote afastado do campo, solte as pontas fixadas com adesivo;
Afastar as pontas do invólucro, próximo ao conteúdo do pacote;
Abrir as duas faces das pontas com as duas mãos, tendo o cuidado de não contaminar a face interna do invólucro.

ATENÇÃO!!!
NÃO utilizar materiais com invólucros:
UMEDECIDOS;
PRAZO DE VALIDADE VENCIDO;
ABERTOS;
RASGADOS.

Precauções Universais ou Precauções padrão
Pela natureza de suas funções, o profissional de saúde corre mais riscos de contrair doenças infecciosas, chamados riscos profissional. As doenças mais graves são as transmitidas pelo sangue e por fluídos orgânicos. São elas: hepatite B, hepatite C e infecção por HIV.
Para reduzir os riscos profissionais, é necessário o uso de precauções ou medidas que proporcionam maior segurança no manuseio de sangue e de outros fluídos orgânicos.
As precauções universais determinadas pelo Ministério da Saúde são:
Lavagem das mãos, antes e após qualquer contato com secreções do doente e após a remoção das luvas.
Uso de luvas para contatos com líquidos corporais, mucosas, pele não integra e para venopunção.
Uso de aventais, máscaras e óculos de proteção para procedimentos em que sangue ou líquidos corporais possam ser espirrados.
Agulhas e instrumentos cortantes devem ser colocados em recipientes sólidos e resistentes.
Não reencapar, dobrar ou quebrar as agulhas utilizadas.
Não remover as agulhas das seringas.
Evitar deixar o material contaminado exposto no meio ambiente.
Amostras para laboratório devem ser enviadas dentro de sacos plásticos transparentes.
Sangue e fluídos derramados no ambiente devem ser limpos com hipoclorito de sódio a 1 %.
Se a higiene do paciente for precária ou se houver possibilidade de contaminação do ambiente com sangue ou secreções, deve-se colocá-lo em quarto privativo.
Os equipamentos reutilizáveis não devem ser usados em outros pacientes antes de serem limpos, desinfetados e esterilizados.
Atenção: Como descartar o material perfurante:
Nunca reencapar a agulha após o uso.
Nunca separar a agulha da seringa.
Nunca jogar seringas no lixo comum.

Materiais cortantes (agulhas, escalpes, lâminas) devem ser descartados em recipiente adequado, rígido, resistente e impermeável.
Uma das técnicas fundamentais para evitar a propagação de microorganismos patogênicos de um indivíduo para outro é a técnica de lavagem das mãos, atividade que deve tornar-se um hábito para o profissional de enfermagem.

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